O VICIO DAS REDES SOCIAIS

Redes sociais: milhoes de acesso por dia

As redes sociais estão fazendo parte cada vez mais da vida dos brasileiros. Mas, não é só no Brasil que elas fazem sucesso. No mundo inteiro as pessoas estão cada vez mais conectadas.

Para se ter uma idéia, pelo menos 901 milhões de pessoas em todo o mundo acessam o Facebook (a maior rede social do universo) uma vez por mês. Nos últimos 12 meses, o site já registrou 220 milhões de novos usuários.

O problema é que muitas pessoas não conseguem distinguir a vida real da vida que tem nas redes sociais e acabam trocando a convivência com os amigos, familiares e até mesmo o trabalho por horas navegando na internet.

Um estudo recente desenvolvido em uma universidade da Noruega constatou que a rede social vicia as pessoas da mesma forma que uma substância química. A pesquisa identificou ainda que as maiores vítimas desse vício são as pessoas tímidas, ansiosas e inseguras, principalmente mulheres e jovens.

Para o psicólogo Iris Vieira da Silva, o tempo excessivo nas redes sociais é uma fuga diante as dificuldades reais de relacionamento e o primeiro passo é pedir ajuda profissional.

“Quando chega a este ponto deve-se buscar tratamento psicológico para trabalhar estas questões. Para evitar a pessoa deve se conscientizar que sua vida tem que ser equilibrada, para isso aconselho que administre bem o seu tempo ou o tempo do seu filho. Por trás do exagero existe uma falta de estrutura relacionada a administração da vida, ou seja, são pessoas que não aprenderam a equilibrar o tempo de prazer com a rotina do dia a dia”, explicou.

Psicologo Iris Vieira da Silva
O psicólogo ressaltou ainda que o vicio não está associado apenas a fatores químicos. Para ele, não é nenhuma novidade que coisas simples do cotidiano possam causar dependência nas pessoas.

“Todo cérebro é propenso ao vício! Muitos acham que vício acontece só com substâncias químicas ou álcool. Puro engano, chocolate vicia, baralho, pornografia, comida etc. Tudo que dá prazer, mas tem o uso proibido ou é usado em exagero gera angústia e pode viciar. Eu já atendi viciado em coca-cola, pornografia, comida, sorvete, baralho, internet, nos vícios mais comuns como o tabagismo, alcoolismo e drogas ilícitas e há uma pesquisa de que está surgindo até os viciados em celular”, afirmou Iris Vieira.

O especialista alertou ainda que o tratamento do vício em redes sociais é semelhante ao tratamento dos demais vícios porque exige acompanhamento psicológico, psiquiátrico, reeducação social e educação familiar.

Iris afirmou ainda que quando as redes sociais começam a interferir no rendimento do funcionário, a empresa tem todo o direito de bloquear o serviço.

“Se entre as atividades da empresa não necessitar de redes sociais é uma atitude correta. Como se trata de um comportamento viciante as pessoas podem ter dificuldade de resistir a tentação de entrar. Ouço muitos relatos de pessoas que dizem não ter controle quando acessam as redes sociais. Para evitar todos estes transtornos recomendo que a empresa não disponibilize”, finalizou.

10 sinais revelam o viciado em redes sociais
Dora Sampaio Goes – Hospital das Clinicas
Viciados em redes sociais se comportam de forma parecida. Eles preferem a vida online à vida real, em que interagem ao vivo com amigos e familiares. “As pessoas que procuram tratamento em geral são motivadas por outras pessoas, como pais ou companheiro, porque não percebem o quanto isso a esta prejudicando”, diz Dora Sampaio Góes, psicóloga do Ambulatório de Transtornos do Impulso do Hospital das Clínicas (HC), que mantém um grupo de apoio a viciados em internet.
Segundo Dora, o vício em redes sociais é comum em qualquer faixa etária, mas, como em qualquer outro vício, os adolescentes estão no grupo de risco. Pessoas que possuem algum outro disturbio, como depressão, transtorno bipolar, déficit de atenção ou hiperatividade também são mais suscetíveis em se tornar viciada em redes sociais. “O uso excessivo da rede social é quase sempre um refúgio para não lidar com um problema real”, diz Dora.
No livro “Facebook Addiction: The life & times of social networking addicts” (ainda sem título em português), Nnamdi Osuagwu, um americano ex-viciado em redes sociais, também descreve outros sinais do vício. Ele é baseado na história de 12 membros da comunidade online Social Networking Anonymous (SNA), criada por Osuagwu em 2009.
Confira abaixo 10 sinais descritos pelos especialistas que mostram se um internauta pode ter ultrapassado o limite entre a mania e o vício em redes sociais:
— Sente ansiedade em se conectar à rede social para ver o que os amigos estão fazendo;
— Vivencia episódios em que continuamente checa seu perfil na rede social enquanto faz outra atividade, como trabalhar ou se reunir com os amigos;
— Mente para familiares e amigos para continuar conectado nas redes sociais;
— Tenta controlar seu vício trocando de redes sociais, mas acaba mantendo seu perfil em todas elas;
— Atualiza seu status várias vezes durante curtos períodos de tempo;
— Deleta mensagens que publicou na rede social para que os amigos não percebam a quantidade excessiva de informações publicadas em um pequeno espaço de tempo;
— Passa noites em claro para atualizar seu perfil nas redes sociais;
— Fica de mau humor se viaja para algum local onde não existe conexão com a internet;
— Deixa de ver os amigos pessoalmente para manter relacionamentos apenas online;
— Tem mais amigos nas redes sociais do que realmente possui.
Fontes de consulta:  
www.paraguacity.com.br acesso em 22.05.2012
Claudia Tozetto, iG São Paulo | 24/08/2011 05:30
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